terça-feira, 26 de abril de 2011

O Desafio: Quem Sabe a Resposta?

“Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois” (João 13.7).

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Certo missionário cristão em país comunista foi perseguido por malfeitores que desejavam matá-lo. Pelo caminho difícil de mata fechada, o bando buscava alcança-lo com pedaços de paus e pedras. A todo o momento, ouviam-se os berros da turba: “- Não tem como escapar. Vamos matar você!”
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Escorregando entre as rochas enlodadas. Escalando caminhos ladeirosos. Rasgando o corpo pelos arbustos espinhosos... O homem viu uma trilha à direita do caminho por onde fugia. Optou por seguir aquela vereda, acreditando ter chance de escapar por ela. Lá, imóvel, sentiu o medo da morte chegar nos passos que se aproximavam. Os inimigos iam chegando e a esperança quase indo embora. Foi quando o missionário fechou os olhos e orou assim:
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- Deus, em nome de Jesus, mande dois anjos fortes guardarem a entrada desta trilha - para que não me encontrem. Amém.
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Quando abriu os olhos, esperando seres celestiais luzindo com espadas nas mãos... viu apenas uma pequena aranha na entrada da trilha, pelo que reclamou:
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- Senhor, pedi anjos, não um inseto!
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Mais uma vez o homem pôs-se a orar:
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- Deus, construa um muro de concreto para proteger-me. Seja feita a Sua vontade. Em nome de Jesus. Amém.
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Ao abrir os olhos, ainda mais confiante, percebeu que a aranha estava tecendo rapidamente uma teia na entrada da trilha. E murmurou:
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- Assim não, Senhor! Pedi muros imbatíveis. Não preciso de uma teia frágil. Você deve estar de brincadeira comigo!
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- Vamos por essa trilha – sugestionou um dos malfeitores.
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- Ninguém passou por aqui. Tem até teia de aranha. Acho melhor procurarmos por outras trilhas – respondeu outro, e foram embora.
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“Seja feita a tua vontade” (Mateus 6.10) é a garantia de ter todas as orações atendidas. Jesus orou dessa forma (Mateus 26.42). A vontade de Deus sempre acontece. Não a nossa, mas a de Deus. Assim como o farol para a nau, e a terra firme para a embarcação. A fé na providência de Deus é o porto seguro onde o cristão deve ancorar suas petições.
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Precisamos entender que nem sempre as coisas acontecem da forma que pedimos ou pensamos (Efésios 3.20). O molde de Deus prevalece sobre o nosso. Ele é oleiro. Nós, os vasos. Não podemos ensiná-lo. Quem dá a forma tem querer próprio.Ele está agindo agora. Ele está trabalhando por você e em você. Que belo trabalho sairá!
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Pedir por anjos e receber insetos. Clamar por muralhas e receber teias... Isso não significa oração sem resposta. Eis o desafio: acreditar no que não se pode ver. Isto é fé (Hebreus 11.1). A linguagem divina é diferente da nossa (Isaías 55.9). Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? (1 Coríntios 2:16a).
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Mesmo não entendendo nada agora, saberemos tudo depois (João 13.7). Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes (1 Corintios 1.27b). Nos momento mais árduos da vida, devemos orar, suplicando pela vontade divina. A providência sempre vem. Jesus a trará. E, caso o resultado não lhe pareça muito convincente, não se preocupe: os seus inimigos acreditarão.
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Sejam confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida; voltem atrás e envergonhem-se os que contra mim intentam o mal (Salmos 35:4).

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